FESTIVAL INTERNACIONAL DE JARDINS 2021

Caixa de Pandora

Itália



A caixa de Pandora pode ser comparada à árvore da qual Adão e Eva comeram o fruto proíbido, renunciando para sempre ao Éden. Zeus havia confiado a caixa a Pandora, dizendo-lhe para deixá-la sempre fechada. Porém, motivada pela curiosidade, Pandora desobedeceu a Zeus e, abrindo a caixa, libertou todo o mal do mundo. Antes de a caixa ser aberta, assim como para Adão e Eva, a humanidade vivia livre do mal, do trabalho e da discriminação: os homens eram imortais como os deuses. Depois de abrir a caixa de Pandora, o mundo tornou-se um lugar desolado, escuro e inóspito.

Durante a Idade Média, também chamada de “Idade das Trevas”, os únicos a cuidar dos jardins eram os monges, que fechados dentro das paredes das suas abadias e mosteiros, criaram com o Hortus Conclusus o paraíso terrestre descrito na Escritura. O Hortus Conclusus, nas descrições literárias e na iconografia do tempo, é um jardim protegido por um muro alto, separado por ele do mundo exterior, santificado por uma fronteira inviolável: fora o mundo físico e tangível, dentro o divino, o sobre-humano.

O projeto visa recriar essa dicotomia: cinco paredes, símbolo das cinco religiões mais professadas no mundo (Cristianismo, Islamismo, Budismo, Hinduísmo, Religião Tradicional Chinesa) configuram-se como protetores e guardiães do que permaneceu no fundo da caixa de Pandora: ter esperança.

A esperança de um lugar melhor, além do mundo terreno, para recriar aquele jardim prometido a homens bons e sábios por muitas religiões.

Com base na consideração acima, "A caixa de Pandora" é um jardim que consiste em três partes. Na entrada, um ambiente seco caracterizado por cascalho negro conduz ao mundo terreno, onde aparecem as primeiras formas vegetativas. Por fim, uma cascata, símbolo de purificação, marca o acesso ao sobrenatural: um ambiente separado do resto, rico em vegetação de formas suaves, cores tênues e brilhantes, fragrâncias agradáveis onde se pode caminhar, sentar, relaxar e refrescar. Embora nem todas as religiões acreditem na vida após a morte, para todos os homens, no fundo da caixa de Pandora, há a esperança de fazer da vida um jardim que floresce a cada primavera.


Concepção da ideia / Concepção técnica


  • Sandro Del Lesto – Arquiteto
  • Silvia Giuffrida – Arquiteta
  • Martina Pappalardo – Arquiteta
  • NaCl Team – Arquitetura e Paisagem

Produção


  • Município de Ponte de Lima

Apoios


  • Município de Ponte de Lima


Maquetes



Maquetes

Plantas que podem ser observadas neste jardim



Agapanthus africanus

Agapanthus africanus

Ageratum houstonianum

Ageratum houstonianum

Arbutus unedo

Arbutus unedo

Dianthus caryophyllus

Dianthus caryophyllus

Erythrina crista-galli

Erythrina crista-galli

Farfugium japonicum

Farfugium japonicum

Gaillardia aristata

Gaillardia aristata

Iris

Iris

Lagerstroemia indica

Lagerstroemia indica

Lantana camara

Lantana camara

Lantana montevidensis

Lantana montevidensis

Lavandula angustifólia

Lavandula angustifólia

Metrosideros excelsa

Metrosideros excelsa

Miscanthus

Miscanthus

Myrtus communis

Myrtus communis

Nymphaea

Nymphaea

Ophiopogon planiscapus ‘Nigrescens’

Ophiopogon planiscapus ‘Nigrescens’

Passiflora edulis

Passiflora edulis

Relva

Relva

Rhododendron

Rhododendron

Rudbeckia

Rudbeckia

Russelia equisetiformis

Russelia equisetiformis

Salvia nemorosa

Salvia nemorosa

Verbena hybrida

Verbena hybrida



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