
Concebi esta exposição com o tema da paz no seu centro, com o objetivo de criar uma experiência que convida a uma reflexão profunda. No centro do design estão grandes portões, cada um dimensionado para permitir a passagem de apenas uma pessoa de cada vez. Esta restrição intencional incentiva os visitantes a abrandarem, criando um momento calmo e pessoal de reflexão. Historicamente, os portões têm simbolizado transições e novos começos, representando um passo para um espaço ou mentalidade diferente. A minha visão é que cada portão aprofunde a reflexão do visitante, oferecendo-lhe um breve vislumbre do campo de flores vermelhas e do tecido vermelho que nele se agita, antes de passar ao seguinte. À medida que avançam pelo caminho, espero que os visitantes alcancem uma nova perspetiva do presente, tendo uma vista panorâmica de todo o campo. Para melhorar ainda mais a experiência, coloquei bancos em ambos os lados do jardim, proporcionando espaços para os visitantes fazerem uma pausa, relaxarem e observarem os outros que estão a embarcar na sua viagem. O lago perto da entrada, quase imóvel, convida a uma maior contemplação, servindo como um ponto focal calmante para a reflexão. A paleta de plantas é deliberadamente simples, concebida para complementar em vez de competir com a grandeza dos portões. O design intitula-se “Re-Imaginar a Paz”, refletindo a compreensão interior e a mudança de perspetiva que espero que os visitantes sintam, no final do seu tempo na exposição.