A Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, assinalou na última sexta-feira a abertura oficial da 16.ª Edição do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima.

Em simultâneo, esta edição inaugurou com uma breve Homenagem a João Cutileiro, escultor português com obra patente ao no espaço do FIJ, em permanência.

Sob o tema "As Religiões nos Jardins", o FIJ reúne este ano criações provenientes de Portugal, Espanha, República Checa, França, Inglaterra, Itália, Áustria, Roménia, Sérvia, Noruega, Polónia, Estados Unidos da América e Brasil, que se associam ao jardim vencedor da edição anterior.

Comprometido com questões ambientais, o Festival Internacional de Jardins põe em marcha uma revolução silenciosa, sensibilizando a comunidade para a integração das artes em prol da sustentabilidade, tornando-se este ano, num marco na questão do direito à religião.

Na sua deslocação a Ponte de Lima, que em consequência da Covid-19 representou o seu "primeiro evento fora de Lisboa desde outubro", a Ministra de Estado e da Presidência, revela sair do FIJ “inspirada para decisões e dias mais difíceis, mas também sabendo que em cada vila, em cada cidade no nosso país todos se estão a organizar para vivermos este momento nas condições sem que podemos viver”.

Recorde-se que, a par dos jardins supra mencionados, fazem-se representar no evento, os “Jardins Escolinhas”, para a sua 6.ª Edição. Estes refletem um dos principais objetivos do Festival Internacional de Jardins, “conferir um contributo pedagógico e de sensibilização para a arte dos jardins”, e para os temas no âmbito dos quais são criados, frisou, durante a inauguração, o presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Eng.º Victor Mendes.

O autarca evidenciou orgulho ao retomar o evento, após um ano de paragem, em consequência da pandemia, revelando que este se constitui "um exemplo" a nível nacional e internacional, que nos últimos 17 anos recebeu já mais de 1,2 milhão de visitantes, e "centenas de propostas de jardins dos quatro cantos do mundo".

Por sua vez, a Ministra de Estado e da Presidência, sublinhou a mesma noção, associada à “capacidade de diálogo” patente às obras. “Quando visitei os jardins das crianças perguntei a cada uma das professoras se naquela turma, havia pessoas de religiões diferentes. Na maioria delas não havia, em algumas sim, mas todas aquelas crianças estão, a partir do momento, em que dialogam sobre as religiões diferentes, mais preparadas para esse mundo de diversidade, onde hoje nós vivemos”. (…) A aprendizagem das diferenças é a nossa única maneira de vivermos em sociedade sem extremismos e com coesão”, afirmou.

Confira as propostas selecionadas pelo júri para a 16.ª edição do Festival Internacional de Jardins:

  • Jardim de Osíris, de Oscar Sá e António Carvalho – Portugal
  • La Chapelle, de Maria Jesus Mera Gonzaléz – Espanha
  • The Dialogue Garden, de Magda Jandová e Viveiros Adoa – Espanha / República Checa
  • Peregrinação, de Reckless Orchard – Inglaterra
  • Pandora's Box, de NACL TEAM (Sandro del Lesto, Martina Pappalardo e Silvia Giuffrida) – Itália
  • Sanctuary of Invulnerability, de Boku University of Natural Resources and Life Sciences, Balint Enyedi, Melanie Mitterer e Claudia Wu – Áustria / Roménia
  • The Searching, de Viena, Boku University of Natural Resources and Life Sciences, Julia Linder, Jasmin Linder e Sigrid Jystad – Áustria / Noruega
  • Garden of Life, de Varsóvia, Vistula University Landscape Architecrure Design, Mohyi Mahmoud, Karolina Beinarovicha, Tetiana Humeniuk e Khaled Ibrahim – Polónia
  • Eye of God, de Agnieszka Bochenska e Aleksandra Gierko – Polónia
  • All Saints Day Earthequake, de Thrace Design Studio, Yuliya llieva e Petar lliev – Estados Unidos da América
  • Jardins Religare, de Valter Nu e Valdir Nunes Santana – Brasil

Sob o tema "As Religiões nos Jardins", a 16.ª Edição do Festival Internacional de Jardins pode ser visitada até 31 de outubro.

02 de Junho 2021