Este projeto visa estimular o imaginário do visitante, através do despertar de um olhar interior. Ao oferecer elementos exploratórios, contemplativos e lúdicos, o projeto dirige-se tanto a quem procura uma experiência lúdica, como a quem procura calma e relaxamento.
A peça central do jardim é um espelho preso ao chão. O espelho é uma metáfora do olho interior, representando uma expansão da mente e uma viagem ao imaginário, ao mesmo tempo que oferece uma experiência espacial única. O jardim oferece espaços de exploração e oportunidades de contemplação. O objetivo é oferecer uma pausa nas impressões rápidas e constantes que são tão dominantes nos dias de hoje e salientar a importância da presença momentânea e da autorreflexão para o imaginário. Este jardim pretende ser esse escape, mesmo que seja apenas por um momento!
Para abrir o olho interior, o visitante é levado a fazer uma pequena viagem composta por quatro etapas, cada uma delas ligada a um elemento do jardim. Para iniciar o processo de abertura do olho interior, o visitante é primeiro convidado a fechar os olhos e a desligar-se do mundo exterior, num ato de apreensão, que acontecerá ao entrar no jardim com as suas ervas altas. Depois disso, tem de procurar dentro de si próprio, o seu caminho interior, o que poderá fazer, percorrendo os diferentes caminhos e espaços do jardim.
Após a busca, é encorajado a olhar para dentro de si mesmo e, assim, encontrar o seu olho interior, o que deve fazer olhando para o espelho situado no centro do jardim.
Por fim, o visitante é incentivado a refletir sobre a sua experiência, permanecendo no imaginário durante mais algum tempo, sentando-se num dos recantos de contemplação, antes de regressar ao seu mundo real.