
Ao criar este jardim, ao qual demos o título de “Caminhos de Paz, Caminhos de(a) Vida”, procuramos fazer uma analogia entre o jardim e a vida, entre os caminhos de flores, folhagem ou relva e os caminhos da vida e, até, entre as cores e as emoções, os sentimentos e as dificuldades com que nos deparamos neste trajeto.
A paz consta, habitualmente, da lista de desejos pessoais para cada novo ano. Surge associada a alguma das doze passas, que quase massivamente comemos, ao som das badaladas, convictos de que isso aumentará a probabilidade dos desejos se realizarem, no ciclo que se inicia e que se estende por mais doze meses. E depois, o que fazemos com este desejo? Passa do plano da intenção para o da ação? Ou só voltamos a ele novamente, um ano depois?
A paz tem de ser uma constante da vida! É algo que nos deve acompanhar ao longo do caminho, na imensidão dos caminhos. Pode e tem de ser o resultado do empenho diário de cada um de nós, nos diversos campos onde se move, e nos diversos papéis que desempenha.
Na vida, percorremos muitos caminhos! Alguns não são fáceis de percorrer! Em algumas ocasiões são mais escuros, tortuosos e difíceis, onde a paz poderá ser mais difícil de conquistar e de manter, mas temos de acreditar que serão transitórios e que nos levarão a outros caminhos mais retilíneos e mais claros. Certamente mais fáceis de percorrer e onde a caminhada será mais agradável! Iremos encontrar caminhos mais singelos, caminhos mais coloridos e, por vezes, até caminhos exuberantes e esplendorosos! Em todos eles será importante termos paz e serenidade como eixos centrais da nossa caminhada, pois serão de primordial importância para iluminar o caminho e para ajudar a iluminar outros caminhos, que se pretende que sejam repletos de paz. Os nossos caminhos vão-se cruzar com outros caminhos, caminhos distintos dos nossos que poderemos trilhar juntos, numas alturas de um modo mais fugaz, noutras alturas até por longos períodos. Esperemos ter a capacidade de conseguir ter e manter a paz como lema e que ela seja norteadora da(s) vida(s).
Em sentido figurado, também pretendemos que os caminhos retilíneos de saibro simbolizem clareza e simplicidade, na medida em que ambas são premissas importantes para a caminhada.
Que os caminhos da vida sejam caminhos de vida! E, simultaneamente, caminhos de paz e caminhos para a paz!
Que tenhamos a coragem e a ousadia de sermos construtores de paz no jardim da(s) vida(s)! Todos os dias!