
Com o surgimento do ser humano, o planeta Terra viu como suas qualidades ambientais foram modificadas. Muitas das espécies do reino animal desapareceram por completo ou sua presença foi reduzida, de forma que a cadeia trófica foi alterada, com as repercussões catastróficas que esse facto causou.
O mesmo aconteceu com algumas espécies de plantas. A extensão das operações agrícolas, o comércio de plantas ornamentais não nativas, a poluição, a falta de chuvas ou o aquecimento das temperaturas são facto que causaram a perda de algumas espécies de plantas ou ainda ameaçam o desaparecimento de outras.
Estima-se que, nos últimos 250 anos, 580 espécies de plantas desapareceram. As nossas ações são as que causaram este extermínio?
O projeto
O visitante entra neste espaço por uma estrutura semifechada que serve de memorial a todas as plantas desaparecidas ou ameaçadas de extinção. Este espaço também tenta transmitir todos os efeitos negativos das mudanças climáticas: aumento da temperatura, escuridão e desolação.
À medida que avançamos neste percurso, a estrutura vai se abrindo, até chegarmos a um espaço ao ar livre onde a vegetação envolve o visitante. Queremos aqui mostrar que apesar de a pegada do ser humano ter provocado a extinção de algumas espécies, ainda há tempo de repensar.
Esse espaço tem o intuito de contrastar-se com o anterior, de modo a fazer com que passar por ali valorize as espécies que ainda existem. Além do mais, é proposto criar um ecossistema, com diferentes espécies de vegetações.
Este caminho continua a sua jornada até chegar a um espelho d’água, que possui duplo sentido. Ao mesmo tempo que simula o perigo de elevação do nível dos nossos oceanos, ele representa uma peça chave para o funcionamento do ecossistema.
O final deste percurso coincide com a entrada no mesmo, e é aqui que o espectador deve fazer este exercício de reflexão depois deste sabor agridoce que a visita deixou.