
“Jardim Mutante” representa as alterações climáticas como um caminho, convidando o visitante a experienciar as sensações provocadas pela alteração de cor. É um percurso que envolve o espectador, através de uma exposição participativa que muda de cor e de forma.
A experiência consiste num percurso de paredes coloridas, formadas por fios que pretendem representar as temperaturas médias registadas no globo nos últimos 100 anos. Ao longo do percurso, pode passar-se pelas temperaturas baixas, representadas pelos tons de azul, e experienciar a mudança para os tons amarelos e vermelhos, que relatam as temperaturas altas.
O túnel é constituído por vários triângulos, que representam a força das tríades, como início, meio e fim; o corpo, mente e espírito; o homem, a mulher e a criança, que sofrem alterações ou mutações na sua forma essencial. A deformação pretende representar as consequências das alterações climáticas na vida de cada um.
A instalação é formada por uma estrutura em ferro, complementado com fio e corda de diferentes cores, que formam as paredes do túnel.
O desenho dos pavimentos reflete as deformações da estrutura e acompanha a sombra criada pela mesma.
O uso das plantas pretende demonstrar o contraste climático nas várias regiões do mundo, onde há locais cada vez mais secos e a sofrer de escassez de recursos, e outros onde o nível da água sobe dramaticamente, representando assim o contraste e desequilíbrio provocado pelas alterações climáticas.
Como uma mutação que pode, e deve, ser reversível, há a possibilidade de voltar e fazer o caminho oposto, representando simbolicamente a toma de atitudes que travem o aquecimento global. O visitante pode percorrer o caminho e sair, analisando apenas as mutações de cor desde fora, de forma passiva ou de facto iniciar o caminho inverso e voltar atrás. Sendo que esta atitude simbolicamente representa o pouco que cada um de nós pode, e deve, realmente fazer pelo planeta.