FESTIVAL INTERNACIONAL DE JARDINS 2018

O Clima nos Jardins

14.º Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima

Com o excelente tema O Clima nos Jardins, apresenta-se a 14.ª edição do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, que reúne um conjunto de trabalhos extremamente vanguardistas e que congregam no seu todo paradigmas e conceitos que devem servir de alertas para a consciencialização dos visitantes para os problemas com que hoje nos deparamos, em termos de clima, no Planeta.

Os desafios lançados anualmente têm permitido aos criadores trazer, para além das inevitáveis abordagens ligadas ao paisagismo e às artes dos jardins, achegas para uma melhor compreensão do mundo em que vivemos, sobretudo quando os temas nos dizem respeito directamente, como cidadãos e aludem a assuntos relacionados com a educação ambiental.

Educação ambiental que é uma prioridade para o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima e prova disso é o êxito alcançado, junto das escolas do concelho, com o Festival de Jardins Escolinhas, da responsabilidade da Área de Paisagem Protegidas das Lagoas de Bertiandos e de S. Pedro de Arcos, que se apresenta na quarta edição, que envolve muitas dezenas de alunos do concelho e que reconhecemos como uma ferramenta pedagógica essencial para os mais novos envolvidos e para todos os que apreciam apenas as obras finalizadas. Atente-se ao noticiado sobre a III edição:

O Festival de Jardins Escolinhas tem assumido um papel determinante na divulgação e promoção, a nível concelhio, do Festival Internacional de Jardins, resultando no aumento significativo da visitação, por parte dos ponte-limenses, a este espaço equipamento de enorme importância ambiental, cultural e turística.
Terminada a III Edição do Festival de Jardins Escolinhas, foi apurado o vencedor, o jardim n.º 11: “À Descoberta de Novas Terras”, da autoria da turma 4 do Centro Educativo da Gandra, a quem endereçamos os parabéns pela vitória alcançada.

Aproveitamos, ainda, para agradecer e felicitar todas as turmas participantes, incluindo professores e educadores, pelo empenho e dedicação dedicada a este projeto e pelo sucesso atingido que, mais uma vez, marcou a III Edição do Festival Internacional de Jardins.
Naturalmente que cumpre, igualmente, agradecer a todas aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram na construção dos vários jardins colocados a concurso.
Os trabalhos de concepção dos jardins da IV Edição do Festival de Jardins foram iniciados no início do presente ano letivo que, tal como vem acontecendo, mereceu a melhor atenção por parte das instituições de ensino do concelho de Ponte de Lima.

O Centro Educativo da Gandra tem participado neste evento desde o seu arranque, procurando relacionar os temas com tradições, monumentos, festividades ou outros aspectos identificados com cada uma das freguesias de origem dos alunos que integram a escola. Na passada edição, elegeram o tema “Descobrimentos”, “como forma de homenagear a freguesia de Santa Cruz do Lima, cujo nome nos reporta para os descobrimentos marítimos, nomeadamente à Terra de Santa Cruz, descoberta por Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500”.

No que respeita ao jardim mais votado do Festival Internacional de Jardins, o projecto da autoria do paisagista espanhol José Souto, intitulado Novaterra – Descobrindo um Novo Mundo, suscitou o interesse e a curiosidade dos visitantes, recolhendo a preferência do público, mantendo-se em exposição na edição 2018, podendo os leitores apreciar a descrição no capítulo dedicado aos jardins efémeros nesta publicação e na referente à edição anterior.

O público continua a procurar o Festival Internacional de Jardins com a assiduidade acostumada, tendo o certame granjeado uma fidelidade de visitantes que repetem a visita ano após ano e, muitos, várias vezes por ano, de modo a acompanhar a evolução própria dos jardins ao longo do período expositivo, permitindo uma observação mais cuidada no que respeita a questões técnicas, científicas e ligadas às artes dos jardins.

Mantemos o notável número de 105.000 visitantes por ano, obrigando-nos a preocupações constantes e de maior nível de exigência edição após edição, na certeza que o caminho a trilhar é o do crescimento sustentado deste evento anual que se encontra na lista dos mais destacados mundialmente e que, em 2013, foi considerado o Festival Internacional de Jardins do Ano no âmbito do Prémio Garden Tourism Awards, integrado no evento internacional “2013 North American Garden Tourism Conference”, cuja gala de entrega de prémios aconteceu em Toronto, no Canadá.

Desde Abril de 2017 que fazemos parte, após a competente candidatura por parte do Município de Ponte de Lima, da lista Europe for Festivals, Festivals for Europe (EFFE) para o biénio 2017-2018, ostentando o galardão EFFE Label 2017-2018, integrando um conjunto de festivais seleccionados pela Associação Europeia de Festivais, os quais, para além dos impactos a nível local, nacional e internacional, são garantia de excelência e de notoriedade. Sobre o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, o júri da Associação Europeia de Festivais, sublinhou, entre outros aspectos, o seguinte:

Um evento bastante singular que tem desempenhado um papel significativo na educação ambiental e na conscientização, sustentabilidade e planeamento paisagístico. Este Festival reúne positivamente os três critérios considerados para esta fase de avaliação das candidaturas ao EFFE Label, embora não corresponda integralmente ao formato tradicional de festival. As informações do mesmo serão facilmente acessíveis a públicos apreciadores de festivais, artistas, organizações artísticas, grupos musicais, orquestras, companhias de teatro e de dança, autoridades públicas a todos os níveis, patrocinadores, empresas privadas e media.

Nesta 14.ª edição temos que estar conscientes do ponto que a fasquia atingiu e não podemos nunca esmorecer em termos de entrega ao certame, pese embora as condições atmosféricas adversas com que muitas vezes nos debatemos e que originam atrasos que, por imposição de calendário, implicam trabalhos e esforços redobrados para recuperarmos e apresentarmos o Festival sempre na última sexta-feira de Maio de cada ano.

Será sempre essa a meta que pretendemos cumprir, tal como aconteceu em todas as edições do Festival, independentemente das dificuldades com que nos deparamos e que, nalgumas edições, foram mesmo extremamente difíceis.

São muitas as pessoas que se encontram envolvidas no Festival, desde os Membros do Executivo Municipal, a quem cabe garantir os financiamentos e apoios dos mecenas, para além da apresentação e continuidade anual do evento, aos obreiros mais directos, os jardineiros e pessoal da Equipa de Jardinagem e de Espaços Verdes do Município, passando por técnicos de áreas tão distintas como a Área de Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e de S. Pedro de Arcos, os Serviços de Cultura, o Design, a Comunicação, os Serviços de Construção Civil, de Carpintaria, de Electricidade, de Informática, de entre muitos outros, na certeza de que só com o ânimo pleno de todos, em uníssono, conseguimos atingir este conjunto fantástico de projectos que, reunidos em exposição, se apresenta sob o título de Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima.

A concurso foram apresentadas 46 candidaturas, de onze países distintos, destacando-se a participação de cinco Universidades Europeias: Alemanha, Áustria, Inglaterra, Itália e Roménia, sendo os seguintes os países que também se fizeram representar, através de projectos a concurso: Argentina, Espanha, Holanda, Polónia, Portugal e Sérvia. Importa, por isso, evidenciar e agradecer o importante e delicado trabalho realizado pelo Júri do Festival, que se preocupa em efectuar uma análise criteriosa dos projectos, no sentido de conseguir conciliar os mesmos num conjunto que permita obter uma linha de exposição, condicionada aos canteiros existentes, a que se possa verdadeiramente chamar Festival.

A exequibilidade dos projectos, a integração no conjunto, o respeito pelo regulamento, questões orçamentais, de entre muito outros factores, são de extrema importância para a ponderação e seleccão por parte do Júri, que este ano viu partir um dos seus elementos e grande entusiasta do Festival Internacional de Jardins, que sempre teremos na nossa memória e que cumpre recordar, o Artista Plástico Salvador Vieira, autor de várias peças escultóricas em bronze que embelezam a vila de Ponte de Lima.

Um agradecimento muito especial para todos os concorrentes, quer tenham sido seleccionados ou não. Sem concorrentes o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima não podia acontecer e é devido ao seu arrojo e atrevimento que existimos para mostrar o quanto a imaginação e a criatividade podem contribuir para a construção de uma sociedade mais equilibrada e plena de conceitos de cidadania, através da arte dos jardins.

Os seleccionados atingiram esse prémio tão especial de poderem assistir à implementação dos seus projectos, cabendo-lhes um papel preponderante na elucidação de dúvidas, na participação activa para encontrar soluções no terreno, muitas vezes no apoio à construção, metendo mãos-à-obra em conjunto com os muitos trabalhadores envolvidos, pelas relevantes achegas e ideias que em muito contribuem para aquilo que é hoje o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, ao fim das suas 14 edições anuais.

Os apoios e financiamentos, como todos sabemos, são imprescindíveis e sem os mesmos é impossível levar a cabo um certame desta envergadura. Há, felizmente, muitos que continuam a acreditar na valia do Festival e apoiam-nos na certeza que estão a acrescentar valor a um projecto que dignifica as empresas e instituições que se lhe associam, através de patrocínios e do mecenato.

Vamos prosseguir nos anos vindouros com esses apoios, estamos certos, pois não fecharão as portas a um evento que é reconhecido internacionalmente como um dos melhores no cômputo geral dos seus congéneres, que capta um número de visitantes anuais que ultrapassa a centena de milhares e que contribui sobremaneira para a visibilidade e publicitação dos patrocinadores e mecenas.

Aos trabalhadores, sem excepção, o reconhecimento muito especial por parte do Município de Ponte de Lima, pela maneira como participam neste enorme projecto, sobretudo o pessoal das Equipas de Jardinagem e de Espaços Verdes, cujo trabalho, praticamente de raiz até ao final em todos os projectos apresentados, é da sua inteira obrigação.

Não temos quaisquer dúvidas que o labor realizado pelas trabalhadoras e pelos trabalhadores que ali desempenham funções é hoje um modelo em termos nacionais e internacionais, uma vez que as dificuldades encontradas na execução dos projectos são sempre ultrapassadas, com soluções debatidas com os criadores, na qualidade de especialistas e conhecedores do terreno onde trabalham, sabendo, de antemão, as reacções dos materiais, quais aqueles que se devem utilizar ou evitar, a altura propícia para as distintas fases de execução, de entre variadíssimas condições que só a enorme experiência permite.

É a prata da casa que constrói anualmente o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima e o Município orgulha-se em publicitar este envolvimento que consideramos exemplar ao nível das autarquias portuguesas.

Como acima referimos, o número de envolvidos é significativo e a todos se transmite o devido obrigado, tornado público, mais uma vez, através da presente publicação. O Festival de Jardins de Ponte de Lima não sobrevive sem concorrentes, sem um Júri devidamente qualificado, sem uma Direcção atenta e responsável, sem criadores cuja imaginação provoque os visitantes, sem os coordenadores e responsáveis pela implementação e manutenção dos projectos, sem os trabalhadores que o constroem e, não podemos esquecer nunca, sem o público que o reconhece e não deixa de o visitar todos os anos. Não podemos e não vamos parar nem, tão-pouco, esmorecer.

Inaugurar um Festival Internacional de Jardins implica pensar no trabalho do ano seguinte, no lançamento da abertura do concurso, na divulgação do tema, na publicitação do evento presente e daquele que esperamos contruir no ano posterior. O desafio para 2019 foi lançado com a divulgação do cartaz da edição do presente ano. O concurso para a 15.ª edição do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima encontra-se aberto até ao dia 15 de Novembro de 2018 e esperamos muitas dezenas de propostas para que o Júri tenha esforços redobrados ao seleccionar aquelas que farão parte do certame que será inaugurado a 31 de Maio de 2019.

Queremos ter muito por onde optar e obrigar a uma escolha que enriqueça o Festival numa conjugação de ideias vanguardistas e desafiadoras para aqueles que nos visitam, no sentido de saírem do recinto mais ricos e mais conhecedores das muitas temáticas apresentadas. Estaremos cá para receber, com o agrado acostumado, as vossas propostas. Estamos abertos para tirar dúvidas, elucidar as questões que tenham por pertinentes, apoiar para que nenhum entrave surja para os concorrentes no decurso do prazo de concurso.

Na próxima edição, o tema é mais uma vez muito apelativo à imaginação dos criadores. Para uns será fácil, para outros menos fácil, mas, com dedicação, sabemos que enfrentarão o concurso com a intenção de serem seleccionados para a 15.ª edição do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, com o tema “Jardins do Fim do Mundo”. Sejam criativos e ponham-nos à prova para verificarem que tudo faremos para que os projectos seleccionados transparecem na maior percentagem possível os projectos originais, sempre com as inevitáveis correcções e adaptações ao terreno. Artistas e criadores, venham sonhar connosco e fazer deste sonho a realidade que agrada a milhares de pessoas.

Todas as informações, nomeadamente o regulamento, estão disponíveis em www.festivaldejardins.cm-pontedelima.pt e/ou podem ser obtidas por correio electrónico através do endereço festivaldejardins@cm-pontedelima.pt. Finalizamos com o desejo de que desfrutem ao máximo na presente edição e saiam do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima mais sabedores e muito mais conscientes dos problemas climáticos que a Terra está a sofrer, fruto da nossa maneira, várias vezes irresponsável, de tratar o espaço em que vivemos e que devemos legar às gerações futuras muito mais cuidado e respeitado..


É simples, por ser uma tarefa de todos e de cada um.
Vamos a isso?