
A ideia base para a recuperação dos jardins do Convento de Santo António e dos Terceiros assentou na análise de alguns documentos antigos e numa fotografia do princípio do século onde se vê claramente a posição do tanque central.
Estes documentos, em conjunto com as peças existentes que disciplinaram a composição, permitiram fazer uma simulação daquilo que foi o provável traçado do antigo jardim.
Os jardins conventuais não eram local de atravessamento, mas sim locais de contemplação e de cultivo de plantas medicinais e de temperos, pois ambas as disciplinas andavam sempre muito ligadas. É nesse sentido que o jardim se organiza em três espaços de cultivo diferenciados: a zona das plantas medicinais, constituída pelo espaço central em volta do tanque, com uma geometria sextavada imposta pelos degraus da escadaria existente.
O jardim dos cheiros, que enquadra o anterior com plantas odoríferas; e, finalmente, de ambos os lados, o jardim dos temperos, essencialmente dedicado à culinária.