
Tudo começou pela curiosidade. A curiosidade incitou o Homem a descobrir. Descobriu as cores, as ciências, os sentimentos e um sem-fim de coisas mais. Mas o Homem sentia que se lhe escapava alguma coisa…
Estará o visitante preparado para descobrir este segredo?
O segredo foi sempre um valor acrescentado à descoberta. O Homem esforça-se para conhecer e se o conhecimento se encontra, de qualquer forma, oculto, mais atractivo resulta.
Então, por que não transformar o segredo num belo jardim?
A proposta aborda o jardim como um espaço encoberto, oculto atrás de estruturas que permitem a insinuação do que sucede no interior, como se fossem uma pele a abraçar o jardim e funcionando como uma membrana que pode ser mais ou menos compacta, de acordo com as necessidades do projecto.
No interior, o visitante acede a um mundo onde as texturas são bastante importantes, como a cor, o odor e até o som. O jardim é composto de elementos que adicionam distintas qualidades sensoriais e se reúnem numa figura abstracta de forma geométrica
Os elementos referidos passam pela lavanda, a calêndula, a menta, a madeira e a pedra, a partir dos quais o visitante pode aproximar-se e desfrutar do mundo interior do jardim.
Procura-se, dessa forma, gerar uma experiência espacial análoga ao acto de descobrir. Cada um deverá ser capaz de descobrir sucessivas camadas para chegar ao interior, num jogo que expõe a tensão permanente que se produz entre o revelado ou descoberto e o oculto.