
É, decerto, evidente que uma noz não tem qualquer relação com o saber.... E se tivesse?
Sabia que a noz é um dos frutos mais nutritivos para o cérebro? De facto, a sua textura, a sua cor e até a sua forma são semelhantes às de um cérebro. É através desta metáfora, mas também plasticamente com a fusão destes dois elementos, que se articula o presente projecto.
Para descobrir quais os segredos escondidos no interior da escultura, deve percorrer um caminho através do tempo.
Convidamo-lo a seguir os passos da História humana, começando na pré-his- tória, onde o conhecimento era limitado, até uma observação do mundo que nos rodeia e a sua representação.
Na primeira parte, a ideia do passado fica simbolizada por uma pedra marcada com a impressão de uma mão humana.
De seguida, passaremos pelo presente, onde todo o saber está concentrado numa simples chave USB.
Por fim, os passos levar-nos-ão ao futuro: um livro em branco!
Não será, de facto, o conhecimento futuro apenas um livro em branco?! É provável: o saber absoluto não pode ser alcançado pelo Homem, quer seja no passado ou no futuro... é infinito.
O caminho conduz-nos, então, a uma entrada para o interior da noz/cérebro.
Este interior actua como um refúgio para o Homem, um género de espaço de meditação e de contemplação. Os pontos de luz que envolvem o espectador representam estrelas. Ao penetrar na noz/cérebro, o visitante acede ao universo. O saber encontra-se escondido algures neste universo que o individuo contempla. A luz, presente no centro, funciona como uma ligação entre o espaço e o visitante, entre o saber infinito e os nossos conhecimentos reais... é o cordão umbilical. Na peça está colocado um banco circular, no qual o visitante pode instalar-se, meditar e questionar o seu lugar neste infinito.