
Apresentamos o ADN como biblioteca portátil de toda a informação e rainha do conhecimento. Primeiro por causa da sua existência essencial – o ADN, a base fundamental da vida e da sua continuidade e, em segundo lugar, por causa dos opostos que o ADN liga e combina – por um lado é muito estável e a sua construção retém informação no seu formato original e, por outro, é extrema- mente dinâmico e expressivo, como o próprio processo de criação.
O ADN tem uma quantidade interminável de combinações e variações. Muda uma base e tudo é diferente. Esta é a razão para envolver o xadrez neste projecto. Cada partida de xadrez é original. Um movimento é suficiente para mudar a partida.
Por isso, em termos de conhecimento, o contributo de J. G. Mendel, abade agostiniano, exímio cientista e "Homem da Renascença", entusiasta de xadrez e sempre interessado por apicultura e pelas plantas aromáticas é de toda a pertinência neste projecto.
Graças ao estudo da matemática reconheceu a importância da estatística para descrever fenómenos da natureza.
Voltando à genética, o principal contributo para a ciência de Mendel foi indiscutivelmente a lei da segregação, a lei da segregação independente e a lei da dominância.
O ADN, por isso, também simboliza neste jardim a conexão imaginária entre as leis de Mendel e a descoberta do ADN, as quais iniciaram novas eras na ciência. O aço lembra-nos a persistência e rusticidade do ADN, enquanto a desconexão da hélice também simboliza a continuada evolução e a dinâmica da própria criação.
Da mesma maneira que o cientista abre o plano com o microscópio e o jogador de xadrez se afasta do tabuleiro para ter uma perspectiva melhor. O visitante tem uma possibilidade de entender a dinâmica da vida e a sua complexidade, em que todos os detalhes são importantes, como ADN mas também ainda como jogo e diversão.