No horizonte artístico e criativo nacional, a par com alguns dos maiores eventos nacionais relacionados com actividades vanguardistas e de intervenção cultural diversificada, destaca-se o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima pelo muito que tem contribuído, em termos pedagógicos, ambientais, sociais e culturais, entre outros, para a divulgação de um sem número de mensagens que, através das artes dos jardins, concorrem para a elevação, num contexto de cidadania, das nossas populações e dos que o visitam.
Tem sido preocupação de todos quantos estão ligados à concretização do mesmo procurar temáticas desafiantes, que nos façam meditar sobre fenómenos e interrogações complexas que geram importantes debates na sociedade actual.
Por isso, a escolha da temática da presente edição foi de toda a pertinência. “A Floresta no Jardim”, neste Ano Internacional das Florestas, revelou um grande sentido de oportunidade e irá certamente reforçar a percepção dos problemas e mais-valias que este importante sector da nossa economia, para o qual lamentavelmente, muitas vezes, viramos as costas, representa em termos de desenvolvimento local, regional e nacional.
O Festival Internacional de Jardins já está devidamente alicerçado como acontecimento de referência – urge por isso aproveitá-lo e frui-lo de maneira a sensibilizar os visitantes e principalmente o público escolar que o visita para questões prementes e de grande relevância. Sempre foi e será esse o seu superior objectivo: aliar arte a um conjunto de mensagens inovadoras e, simultaneamente, provocar a reflexão para além dos lugares comuns.
A sensibilização para a defesa do ambiente e para a preservação do património florestal, aliada à criatividade e à arte, é o saldo final que nos propomos alcançar nesta sétima edição.
Arte como evasão e aproximação do mundo que nos rodeia. Arte que nos ajuda a melhor entender questões do nosso quotidiano e até expressar aquelas que são para nós uma incógnita. Arte que é, acima de tudo, um exercício de cidadania.
Como disse Goethe, “Não existe meio mais seguro para fugir do mundo do que a arte, e não há forma mais segura de se unir a ele do que a arte”.
Victor Mendes
Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima