FESTIVAL INTERNACIONAL DE JARDINS 2005

O Jardim do Quatro Elementos - Ar

O jardim do ar está simbolizado pelos cata ventos que, em inúmeras posições, reveam que o ar não é um meio tranquilo e inóculo. Desde p barco à vela ao moinho de vento, o ar que nos rodeia está sempre em movimento e é uma fonte de energia através do vento.

A plantação exclusiva de gramíneas procura reforçar a ideia deste movimento contínuo do ar, acrescentando uma maior dinâmica à composição.

Desde tempos imemoriais que o homem tenta tirar partido do ar, elemento essencial à sua vida, porque o respira, mas também como fonte misteriosa de um poder natural que o ultrapassa muitas vezes e, muitas outras, que o beneficia, contribuindo como recurso energético e climático, numa das inúmeras simbioses naturais que diariamante nos surpreendem.

Noutras alturas ia até ao local onde tinham decapitado a sua mãe, na Praça de Grève, e que avançava pelo rio como uma língua gigantesca. Aqui, havia barcos amarrados às margens ou a estacas, cjeirando a carvão, trigo, feno e cabos molhados. E, vindo de oeste, através da única via que o rio traçava ao longo da cidade, uma enorme rejada de vento trazia-lhe os odores do campo, dos prados em redor de Neul/y, das florestas entre Saint-Germain e Versalhes, de cidades longíncuas como Ruão e Caen, e, por vezes, até mesmo do mar.

O mar cheiravaa uma vela inchada pelo vento, onde a água, o sal e um sol frio se uniam. Tinha um odor grandioso e único no seu género, o que levava Grenoullie e hesitar devidi-lo em odores a peixe, sal, água, sargaço, frescura e outros. Preferia manter a unicidade do odor do mar, memorizá-lo num todo e usufruí-lo sem divisões. O odor do mar agradaval-he tanto, que desejou um dia tê-lo em toda a sua pureza e em tal quantidade que lhe permitisse embriegar-se nele.

E, mais tarde, quanto, através de narrativas, veio a saber como o mar era grande e que nele se podia viajar dias inteiros em barcos, sem ver terra, nada o seduzia tanto como imaginar-se num desses barcos, encarrapitado no alto do mastro do traquete, vogando através do odor infinito do mar, que, realmente, não era apenas um odor, mas um sopro, uma expiração, o fim de todos os odores, e sonhaa diluir-se de prazer neste sopro. Estava, porém, escrito que tal nunca aconteceria, porque Grenouille, que ia passear até à Praça de Grève e inspirou e expirou, algumas vezes, uma brisa marítima que lhe chegava às narinas, jamais na sua vida veria o mar, o verdadeiro mar, o grande aceano que se estendia a oeste e jamais se poderia fundir neste odor.

Patrick Suskind
O Perfuma - História de u m Assassino.

Plantas deste espaço



Briza Maxima

Briza
Maxima

Carex Buchananii

Carex
Buchananii

Cleome Hassleriana

Cleome
Hassleriana

Festuca Glauca

Festuca
Glauca

Miscanthus Sinensis Zebrinus

Miscanthus Sinensis
Zebrinus

Pennisetum Villosum

Pennisetum
Villosum





Localização