
Os sentidos possibilitam conhecermos o que nos rodeia e estar em contacto com os seres e o planeta que habitamos – a Terra.
Do ponto de vista fisiológico, são cinco os sentidos mais conhecidos, os quais permitem ver, ouvir, tocar, cheirar e saborear, possibilitando a consciência, a interpretação e a tradução do mundo físico para o interior do nosso corpo. Contudo, actualmente, a ciência defende que existem outros sentidos no corpo humano para além dos cinco principais. O sexto que é relacionado com a mulher e a sua intuição e o sétimo associado ao equilíbrio, ao movimento do corpo e à percepção da gravidade. Este último é o sentido que se pretende, de forma mais explícita, apresentar neste jardim através de uma visita, divertida, pelo espaço.
O traçado foi inspirado na forma do olho que invoca a importância da visão na nossa vida. Os diferentes estratos vegetais do jardim representam os cinco sentidos e a importância da sua sinergia ao longo da existência do ser humano. A visão despertada pela coloração viçosa da Lavandula angustifolia; a audição figurada na árvore – a Betula pendula – pelo som característico do estremecer da folhagem, com as brisas criadas pelo vento; o paladar intuído no Thymus vulgaris, vulgarmente denominado tomilho e comum na gastronomia; e o olfacto sentido através do aroma peculiar das folhas do Helichrysum italicum. Por último, o tacto, representado pela espécie Stipa tenuissima e a folhagem fina que a caracteriza e apela ao toque.
O equilíbrio é o sentido gerador do conceito deste espaço e o qual se pode testar, de forma interactiva e lúdica, através de um conjunto de plataformas colocadas sobre molas, que lhes conferem movimento. Esta estrutura foi complementada com uma pintura de efeito 3D que pretende criar um desequilíbrio acrescido aos visitantes e possibilitar o registo do momento para o futuro, através da obtenção de fotografias divertidas e únicas.