FESTIVAL INTERNACIONAL DE JARDINS 2013

Sentidos em Suspensão

Sentidos em Suspensão é um jardim pendente criado para o deleite plurisensorial. Tendo por base a vegetação, o artesanato local e as tradições vernaculares de aproveitamento dos recursos naturais, apresenta-se um jardim com consciência ecológica e que desperta sensações de bem-estar.

Estrutura-se em passeios abobadados que se encontram num espaço maior, este em forma de cúpula. Entre o solo e o tecto o ambiente encontra-se suspenso através das floreiras pendentes – um conjunto que foca três pontos principais do desenvolvimento futuro: a procedência dos materiais, a escassez de água doce e a importância da beleza natural.

As fibras vegetais delimitam o espaço e, junto com a cerâmica artesanal, fazem referência ao aproveitamento correcto dos recursos existentes e ao apreço pela produção manual. Estes materiais transmitem calor e são um ponto comum entre culturas.

O crescimento da vegetação está condicionado pela existência de água, a qual, como sabemos, é um bem escasso. Para colocar em relevância a falta de massas de água doce na Terra, o jardim dosifica-a, contem-na e preserva-a – através das floreiras, as plantações interiores do jardim ficam divididas em unidades singulares. O “universo interior” que é o jardim torna-se reflexo do stress hídrico que nos une.

Entre canas secas e cordas naturais, as plantas interiores apelam à vista, ao olfacto e ao paladar. Em contraposição, o percurso exterior permite investigar sobre as sugestões da forma, as superfícies vegetais, o solo e o encontro de conjunto de todos estes materiais.

O jardim exterior é perimetral, espaço de trânsito que convida a ultrapassar as abóbadas. O solo – terra fresca –, a estrutura – pela qual se depreende o interior –, e a vegetação ao nível do terreno são o exacto contraponto da vegetação pendente do interior.

Sentidos em Suspensão é uma alegoria ao papel fundamental de todos os jardins para a felicidade humana. A beleza natural está tão presente no jardim húmido como no árido; no todo que compõe o espaço soma-se a humidade à aridez num “jardim de transições”, um espaço natural efémero que procura ser afectado pela passagem das estações enquanto continua a despertar os sentidos.


Concepção da ideia


  • Carlos Sánchez Patón — Arquitecto
  • Esther Rodríguez Ramos — Arquitecta
  • Laura Flor García — Arquitecta (Colaboração)

Concepção técnica


  • Carlos Sánchez Patón — Arquitecto
  • Esther Rodríguez Ramos — Arquitecta

Apoios


  • Município de Ponte de Lima

Produção


  • Município de Ponte de Lima

Plantas deste espaço



Agrostis Stolonifera

Agrostis
Stolonifera

Anethum Graveolens

Anethum
Graveolens

Arundo Donax

Arundo
Donax

Avena Sativa

Avena
Sativa

Carex Comans Bronze

Carex
Comans

Festuca Glauca

Festuca
Glauca

Fragaria Vesca

Fragaria
Vesca

Hedera Helix

Hedera
Helix

Juncus Acutus

Juncus
Acutus

Lavandula Angustifolia

Lavandula
Angustifolia

Lonicera Caprifolium

Lonicera
Caprifolium

Matricaria Chamomilla

Matricaria
Chamomilla

Mentha

Mentha

Parthenocissus Tricuspidata

Parthenocissus
Tricuspidata

Pennisetum Villosum

Pennisetum
Villosum

Rhyncospermum Jasminoides

Rhyncospermum
Jasminoides

Ribes Rubrum

Ribes
Rubrum

Rosmarinus Officinalis Postratus

Rosmarinus
Officinalis

Rubus Idaeus

Rubus
Idaeus

Stipa Tenacissima

Stipa
Tenacissima

Stipa Tenuissima

Stipa
Tenuissima

Thymus Praecox

Thymus
Praecox

Triticum Sp

Triticum Sp

Typha Angustifolia

Typha
Angustifolia

Vaccinium Myrtillus

Vaccinium
Myrtillus

Vinca Major

Vinca
Major





Localização