FESTIVAL INTERNACIONAL DE JARDINS 2013

Despertar os Sentidos

A concepção do jardim assenta na especificidade da maioria dos seus criadores e na dos destinatários: é um jardim feito por crianças a pensar nas crianças.

A melhor forma encontrada para abordar o tema dos sentidos de um prisma essencialmente infantil baseou-se num desenho da Laura, na altura com 4 anos. Considerando que o rosto humano encerra em si a quase totalidade das janelas para os sentidos, e que é no rosto que temos os órgãos receptores de uma série de estímulos, foi também opção dos autores conceber a exploração do espaço de jardim num duplo propósito: o esteticamente aprazível tem de conviver com o ludicamente atractivo.

É sugerido ao visitante um percurso que também encerra uma dupla valência. Ao mesmo tempo que se exploram os espaços do jardim, é dada a primazia ao sentido que o rosto recebe mas não protagoniza. Com efeito, ao propor aos visitantes que se descalcem, os criadores remetem ao longo de todo o jardim para o tacto. É a pé e com os pés que se deve usufruir do espaço, experimentando as várias texturas.

Quanto aos outros sentidos, as propostas são variadas: a simulação de um lago no lugar da boca como ilustração da metáfora “água na boca”; os instrumentos musicais como a vocalarpa ou o tubobidonofone (este no local de uma das orelhas “forrado” por canas que emitem sons com o soprar do vento); a instalação da audeólica, os últimos para ilustrarem a audição. Na visão, os canteiros em forma de olhos e o apelo às mais variadas sugestões cromáticas nas variações de piso, nas cores da vegetação com tanto de mimético como de metafórico, ou através de vários artifícios, como as garrafas e as mangueiras pintadas no local dos cabelos, são alguns dos pontos a destacar. No que respeita ao olfacto, inevitavelmente centrado no nariz, são os odores florais e de plantas aromáticas que detêm a primazia.

Para além da ilustração dos sentidos, a sugestão do percurso não se pretende meramente contemplativa. Foram criadas áreas de lazer para o público infantil, onde para além dos instrumentos musicais, o visitante poderá encontrar um espaço de leitura, a VocaBolaRis, e outro para brincar. Este último inclui, na orelha esquerda do rosto, a espiralbola, ilustrativa da vertigem do tímpano. Ao lado, todos poderão jogar à macaca, numa área concebida e pensada para o efeito.


Concepção da ideia


  • António Barbosa — Arquitecto
  • Carlota Machado (7 anos)
  • Dinis Barbosa (4 anos)
  • Diogo Machado (12 anos)
  • Duarte Simões (9 anos)
  • Laura Simões (5 anos)
  • Filipe Machado — Professor
  • Sara Simões — Eng.ª Agrónoma

Concepção técnica


  • António Barbosa — Arquitecto
  • Filipe Machado — Professor
  • Sara Simões — Eng.ª Agrónoma

Produção


  • Município de Ponte de Lima

Apoios


  • Município de Ponte de Lima

Plantas deste espaço



Allium Fistulosum

Allium
Fistulosum

Begonia Semperflorens

Begonia
Semperflorens

Bougainvillea

Bougainvillea

Campanula

Campanula

Dianthus

Dianthus

Carex Morrowii Variegata

Carex Morrowii
Variegata

Festuca Glauca

Festuca
Glauca

Gardenia Jasminoides

Gardenia
Jasminoides

Helianthus Annus

Helianthus
Annus

Helichrysum Italicum

Helichrysum
Italicum

Impatiens Nova Guinea

Impatiens
Nova Guinea

Imperata Cylindrica

Imperata
Cylindrica

Miscanthus Sinensis

Miscanthus
Sinensis

Ophiopogon Planiscapus Nigrescens

Ophiopogon
Planiscapus

Petunia

Petunia

Phyllostachys

Phyllostachys

Relva

Relva

Polygonum Capitatum

Polygonum
Capitatum

Rhyncospermum Jasminoides

Rhyncospermum
Jasminoides

Thymus

Thymus

Verbena

Verbena





Localização