
“Ao longe na floresta,
havia uma casinha
feita de chocolate
e coberta de baunilha
chaminé de caramelo
avelãs a enfeitar
A casinha era tão doce
que todos queriam lá entrar
……………”
Partindo de uma canção e da casa de chocolate da história “Hansel e Gretel” – na qual a casa é a atracção das duas crianças, tornando-se uma armadilha, por serem gulosas, uma vez que as crianças correram o risco de ser a refeição da bruxa, que os alimentou para engordarem –, pretendeu-se transpor o conceito conjugado da canção e do conto infantil para um jardim.
Dividido em dois espaços, separados pela fachada, uma vez que nem tudo que parece é, a mesma cria ilusão e curiosidade para ver o que está para lá da casa de chocolate.
A primeira parte, após a entrada, é um jardim de flores comestíveis, com vários tons e aromas agradáveis, apelativo visualmente (cheio de cor), pelo cheiro e pelo apetite que desperta. A segunda parte do jardim surge depois de atravessar a fachada.
Do outro lado aparece inesperadamente o caldeirão da bruxa, envolto por uma horta.
A bruxa má neste jardim é boa e engraçada. Pretende-se desmistificar a ideia de bruxa e mostrar que a boa alimentação é divertida, dá energia e saúde.
O projecto alerta também para o facto de existirem outras plantas e flores que se podem usar na alimentação e que em Portugal não fazem parte, habitualmente, da culinária. Destacou-se a horta, mostrando que pode ser um jardim e um espaço de lazer.
Uma vez que as crianças são muito observadoras e curiosas, espera-se que sejam elas a ensinar os adultos a dar interpretações divertidas aos contos e histórias de encantar e a despertar a curiosidade para provar as flores comestíveis.