FESTIVAL INTERNACIONAL DE JARDINS 2010

E no Princípio Houve

Nos mitos cosmogónicos das antigas culturas, a palavra caos descreve o estado primitivo a partir do qual se desenvolveu o mundo, com os seus deuses, céu, terra e homens. Nesses mitos o caos não significa perturbação, mas antes um estado de vazio ou ‘nada’, além da unidade indiferenciada de tudo.

Neste significado ancestral o caos não descreve um estado completamente perturbado, remexido, mas antes uma unidade de tudo, devidamente interiorizada.

O objectivo deste jardim é romper com o habitual significado de caos, visto como uma coisa não estruturada e misturada. Ao exibir o significado ancestral de caos, queremos surpreender os visitantes e realçar o sentido de caos como unidade e estado primitivo, indiferenciado, de tudo.

As formas totalmente diferenciadas de viver, que emergiram da unidade do caos, apresentam-se como contrapartida.

O caos representa-se no centro, rodeado da vida que emerge dele. Os dois elementos do jardim estão ligados por um percurso. Para visualizar o caos, criámos um ponto onde os limites entre os elementos típicos duma divisão – chão, paredes e tecto (céu) – se dissolvem numa massa esquiva de finos postes de madeira e se fundem para se tornarem numa maior unidade indiferenciada.

Este ponto caótico situa-se num campo de muitas espécies diferentes de gramíneas, que simbolizam a vida, diferenciada do primitivo estado e unidade do caos.

As estruturas lineares das gramíneas correspondem à linearidade da massa esquiva de finos postes de madeira, que circundam o ponto central.

O visitante entra no caminho, passando no meio de um mar de gramíneas. Ao andar, perde a ligação com o mundo exterior – a massa esquiva de postes fica mais alta e mais densa, estreitando o caminho e inclinando-se, dando a impressão de aperto e claustrofobia. O caminho contorna-se de maneira que não vemos o seu fim e não sabemos ao certo onde vai dar. No final, uma curva apertada leva-nos perante a perspectiva surpreendente dum lugar totalmente vazio onde a terra e o céu se fundem.


Concepção da ideia


  • Roland Barthofer – Estudante
  • Magdalena Bauer – Estudante
  • Manuel La Casta Miras – Estudante
  • Joanna Kowalczyk – Estudante
  • Roland Tusch – Consultor Institute of Landscape Architecture
  • University of Natural Resources and Applied Life Sciences – Vienna

Concepção técnica


  • Roland Barthofer – Estudante
  • Magdalena Bauer – Estudante
  • Manuel La Casta Miras – Estudante
  • Joanna Kowalczyk – Estudante
  • Roland Tusch – Consultor Institute of Landscape Architecture
  • University of Natural Resources and Applied Life Sciences – Vienna

Produção


  • Município de Ponte de Lima

Apoios


  • Município de Ponte de Lima

Plantas deste espaço



Festuca Glauca

Festuca
Glauca

Miscanthus Sinensis Zebrinu

Miscanthus
Sinensis

Miscanthus Sinensis Malepartus

Miscanthus
Sinensis

Nassella Tenuissima

Nassella
Tenuissima

Pennisetum Alopecuroides

Pennisetum
Alopecuroides

Pennisetum Setaceum

Pennisetum
Setaceum

Pennisetum Villosum

Pennisetum
Villosum

Phormium Bronze Baby

Phormium
Bronze Baby

Sesleria Autumnalis

Sesleria
Autumnalis





Localização