
Vencedor do Festival anterior, em que o tema, deveras aliciante, foi “O Lixo na Arte dos Jardins”, e como vem sendo habitual e é já uso neste certame (o jardim mais votado pelos visitantes permanece para o ano seguinte), aqui se apresenta novamente O Jardim das Avestruzes, que se descreve da seguinte forma:
Que fazer face à perigosa acumulação de lixo e de embalagens que temos à nossa volta?
Espetar a cabeça na areia como faz a avestruz?
Fechar os olhos e virar as costas aos problemas não costuma dar qualquer resultado…
Imaginem que neste jardim as árvores adoptaram a política da avestruz e, virando-se, trocaram a copa pela raiz.
Nesta paisagem transformada e surrealista a natureza convida-nos a espreitar o outro lado, mas de olhos bem abertos!
Olhar os nossos hábitos de consumo e de gestão do lixo de cabeça enfiada no chão é uma proposta para divertir e reflectir.
Depois deste movimento pouco habitual do corpo, voltemos à superfície para desfrutar de um passeio por entre os lindos e tóxicos rícinos (Ricinus communis) que nos empurram para o próximo buraco.