
O título deste jardim, que associa a nota musical fá ao termo francês d’eau, pretende fazer a ligação entre o jardim e a música, mais precisamente, no que respeita a fonética, ao Fado (FA D’EAU).
Contudo, o jardim Fa d’eau não é apenas um piscar de olho à música tradicional portuguesa, pois trata-se também de um jardim de águas musicais. Relembra, ao teatralizar, os jardins de água do Renascimento italiano e os jogos de água de Versalhes. Aqui, a água, elemento emblemático, fonte de vida, torna-se fonte de prazer para os nossos sentidos. O visitante transforma-se em músico, até mesmo em chefe de orquestra. Pode escolher qual o som que deseja fazer ecoar: um som agudo e fino com a ajuda dos xilofones aquáticos ou um som grave e potente através do gongo.
Na origem, os Jardineiros Nómadas são um grupo de jovens diplomados do Mestrado em Arquitectura Paisagista, de Gembloux, na Bélgica. Ao sabor das suas aventuras, a equipa sabe também rodear-se de novas competências, ao associar-se a novos membros que partilham o mesmo gosto pela concepção de espaços.
Sempre na procura de novas paisagens para investir, os Jardineiros Nómadas gostam de trazer um novo olhar sobre os lugares que lhes são confiados. O problema da prática, do desenvolvimento de um projecto desenhado e a interactividade com o público, levado a apropriar-se dos projectos, está na base da reflexão da equipa.