Duas lições exemplares serviram de base à concepção deste jardim - uma real e outra que, apesar de ser ficção, não deixa de ser um belo ensinamento, assimilável e exequível por cada um de nós.

Na ficcionada, Jean Giono, através das páginas do seu livro “O homem que plantava árvores”, dá-nos uma visão fantástica das responsabilidades que nós, enquanto indivíduos, temos perante a natureza. Actualmente, a crescente produção de lixo nas sociedades contemporâneas é uma ameaça ao poder regenerativo da natureza - por isso, acreditamos ser importante divulgar a mensagem contida na história de um homem simples de carácter inesquecível. O pastor Elzeard Bouffier, movido pelo seu espírito e sabedoria, entregou-se a um admirável desígnio – transformar, como por magia, as nuas encostas das serranias em frondosas florestas.

“...Chegado ao sítio pretendido enfiou o varão de ferro na terra. Fazia assim o furo onde punha uma bolota e depois voltava a enchê-lo com terra. Plantava carvalhos. (...) Há três anos que plantava árvores nessa solidão. Já tinha plantado cem mil. Dessas cem mil, vinte mil tinham vingado. Dessas vinte mil contava ainda perder metade devido às tempestades e a tudo o que é impossível prever nos desígnios da Providência. Sobravam dez mil carvalhos que iriam crescer nesse lugar onde antes não havia nada.”