
O jardim que agora se apresenta tem na sua génese a utilização de materiais que após o seu término não sejam propriamente lixo, mas sim materiais normais de construção de outros jardins.
Ao longo do caminho estão colocadas, lateralmente ao mesmo, máquinas em fim de vida, que foram responsáveis pela manutenção dos jardins mas que hoje são apenas lixo. Estas máquinas não seriam lixo num jardim como este, na medida em que não seria necessária a sua utilização.
O tema deste ano apela a exercícios de decoração exterior, com recurso a desperdícios da actividade humana, vulgo lixo.
Para a Associação Nacional de Produtores de Plantas e Flores Naturais um jardim é algo vivo, em concordância com a natureza que o envolve, integrando-se nela, fazendo paisagem.
A arte, na jardinagem, é isso. O artista, jardineiro ou paisagista é um criador de paisagem.
Sendo uma associação de produtores de plantas e flores, focalizamos o nosso trabalho na utilização de plantas, vivas, num jardim que quase não necessita de manutenção e carece de um mínimo de rega. Um jardim sem desperdícios não produz lixo.
Como temos associados em todo o país, metaforicamente elevámos o centro do canteiro, plantando a Norte plantas acidófilas, mais frescas, e a Sul, plantas de “sequeiro”.
A reportar ao tema, lá estão restos de máquinas e utensílios de jardinagem que a utilização maciça de plantas transformou em sucata obsoleta. É a vitória do vegetal, numa época em que o inerte é moda.
Contra a poluição – Plantação.
Contra a desertificação – Plantação.