
Venham compartilhar conhecimentos sobre as plantas despoluidoras.
Aqui as plantas são colectores de lixo filtram as substâncias químicas nas suas fibras tornadas resistentes.
O pavilhão é a metáfora de uma planta despoluidora. As barras de ferro que compõe o pavilhão representam as fibras hiper-acumuladoras que armazenam os produtos tóxicos.
De um lado e de outro da estrutura, dois jardins foram plantados: um para plantas que filtram o ar e outro para plantas que filtram a terra.
À sua direita, o girassol, Helianthus annuus, tem a capacidade de digerir o chumbo no solo dos locais anteriormente ocupados por indústrias pesadas. O tabaco, Nicotiana alata, consegue armazenar o cádmio. A mostarda, Sinapis arvensis, tem a capacidade de absorver o gasóleo. E, finalmente, a grama, Agropyrum repens, que consegue filtrar o zinco. As fibras cheias de poluentes devem ser imediatamente cortadas, incineradas e as cinzas processadas.
À sua esquerda, os crisântemos, Chrysanthemum, purificam os solventes provenientes de colas, tintas ou de feltros. Os clorofitos, Chlorophytum, retêm o gás tóxico formaldeido, presente nos painéis de partículas dos nossos móveis.
O falso papiro, Cyperus diffusus, absorve as toxinas no nosso ar interior, poluído pelos produtos domésticos, as tintas, os plásticos.
Estas plantas podem ajudar-nos a reabsorver estes produtos tóxicos irritantes, alergénicos e até cancerígenos.
O mundo é um vasto ecossistema que inclui os nossos resíduos químicos. Houve um tempo em que a natureza morria ao entrar em contacto com estes novos elementos químicos agressivos. Depois desenvolveu meios de defesa e de reabsorção da poluição para formar ecossistemas reparadores.
Estas considerações despoluidoras levam-nos a mudar de ponto de vista em relação às plantas e reforçam o espírito de simbiose entre os nossos ciclos de vida compartilhada, naturais e artificiais.