
Na descoberta do Jardim Quente e Frio, os visitantes são surpreendidos pela associação de percepções antagónicas, onde os cinco sentidos estabelecem antagonismos e relações mútuas, através de índices de temperatura opostos, num cenário semi-fechado – o pavilhão dos sentidos.
Neste espaço, são activados os nossos receptores térmicos que, por sua vez, estimulam os nossos sentidos e a nossa imaginação.
Nos microclimas criados pela estufa quente e pela estufa fria, a memória revela impressões conhecidas que se enquadram num jogo de contrastes, relembrando acontecimentos passados no momento presente.
O jardim é composto por elementos unificadores destes dois espaços opostos; assim, o acesso ao pavilhão é feito através de um elemento condutor composto por uma passadeira com duas tonalidades que incentiva os observadores a duas entradas possíveis.
No interior das estufas surge um obstáculo formado por uma cortina flexível que gera um efeito de mistério e surpresa, sendo ao mesmo tempo um elemento interactivo pela sua textura, cor e transparência podendo os mais atrevidos atravessá-la!
Segue-se um acontecimento, constituído por maciço de plantas suculentas versus uma floresta de bambus e um elemento comum que consiste num banco de descanso.
O visitante pode contemplar o espaço idealizado e deixar a sua imaginação divagar, sentindo no pavimento (elemento complementar) a leveza da areia oposta à rigidez do seixo rolado.
As sensações vividas no pavilhão dos sentidos prolongam-se na sua envolvente, através da vegetação que apresenta gradientes de alturas, texturas e tonalidades, retratando ambientes secos e húmidos.
As sensações vividas num espaço entreaberto são múltiplas.
O nosso intuito é activar os receptores térmicos (sensações de frio e calor) que se encontram distribuídos por toda a superfície do nosso corpo e, através deles, estimular os sentidos comuns e a nossa imaginação.
Desfrutem...