
O Jardim do Conhecimento é um espaço em que se pretende representar o conhecimento através da forma, da cor da vegetação e da simbologia das plantas.
O jardim tem um formato central de um cérebro sobrelevado em relação ao percurso de visita, numa analogia à superioridade do conhecimento.
Este canteiro tem cubos de vidro, iluminados por leds, simbolizando as ideias sob a forma de luz durante o dia reflectirão a luz solar e de noite estarão presentes pela iluminação artificial.
O caminho, que se mantém ao nível do acesso exterior, está pavimentado com saibro aglomerado, delimitado por placas de aço corten.
Toda a vegetação é cinzenta, numa relação directa com a massa cinzenta, à qual se associa o conhecimento. No canteiro central estão plantados tufos de Festuca glauca, numa analogia aos filamentos dos neurónios.
A vegetação envolvente a este espaço é também de tonalidade cinzenta, constituída por árvores e arbustos, designadamente oliveiras (Olea europaea) e alfazema (Lavandula officinalis).
A oliveira, árvore da cultura mediterrânica, inclina-se sempre para a luz e testemunha, com a sua presença, os grandes mitos da nossa cultura.
Na Bíblia, no Corão e noutros textos antigos, ela é a árvore mais referida, saudada e venerada. O ramo trazida pela pomba de Noé não poderia ser outro que não o ramo de oliveira, testemunho de paz, sinal do despertar da terra e primeiro presente da sua fecundidade.
O número de quatro oliveiras simboliza todo o conhecimento dos quatro cantos do mundo e dos quatro elementos constituintes do cosmos da antiguidade clássica.
Ne extra oleas – não vos afasteis das oliveiras, refere o velho provérbio grego, retomado pelos romanos, evidenciando a grande importância na nossa cultura greco-romana.