
A Música da Horta é um jardim que explora o material sonoro do vegetal e do construído, alternando natureza selvagem e natureza artificio.
Passeia-se nele como num jogo musical onde o visitante cria a sua própria música.
Uma passarela musical um vibrafone conduz o visitante para o coração do jardim, ao longo de uma fileira de mastros com bandeiras verticais. As lonas batem ao vento como a roupa a secar nos jardins ou sussurram como folhas.
O visitante pode tocar no vibrafone atravessando-o: pode experimentar saltar, bater com os pés ou com um pau nas diferentes lâminas, percorrer o vibrafone do agudo ao grave e do grave ao agudo...
No interior, os mastros fundem-se numa floresta e confundem-se com os bambus que rodeiam o jardim:
o artificial imitando e misturando-se com a natureza. Esta periferia densa de vegetação vertical protege o interior do jardim e confere-lhe um ambiente íntimo e sereno. Para esse efeito foi escolhido Phyllostachys vivax ‘Aureocaulis’, um bambu gigante que pode, num tempo recorde, atingir um tamanho impressionante e que se destaca pela cor amarela das suas canas e pela folhagem muito densa.
Os bambus dão lugar a uma vegetação mais baixa e campestre, na forma de flores espalhadas à volta da horta de maneira aleatória.
Entre instalação sonora e visual, a horta é composta de onze canteiros semeados de materiais escolhidos para serem pisados.
O pé bate na superfície lisa e rígida de umas tábuas de madeira ou afunda-se silenciosamente no contacto macio de um canteiro de feno...
Uma experiência sensorial.