
O espaço jardim é um todo dinâmico. A dinamização surge com a idealização de elementos arborescentes dispostos no espaço, criando uma espécie de floresta.
Os elementos arborescentes são compostos por um aglomerado de vergas de ferro (quadrangulare
s, circulares, angulares, barras, de várias larguras, espessuras e comprimentos), soldadas de forma que os corpos emanem energia, movimento, crescimento, dinamismo.Os corpos recriam o seu próprio desenvolvimento, a evolução das suas formas.
Em todos eles está presente a forma cónica, que ora se expande/ascende verticalmente, ora se comprime no sentido descendente, como um corpo que se vai derretendo.
Configura-se, assim, um jogo de movimentos ascendentes e descendentes, corpos que ora vão crescendo ora vão diminuindo.
Esta rítmica visual vai percorrendo o espaço, vai crescendo horizontalmente, confrontando o receptor com a proximidade e a distância e com as múltiplas perspectivas formadas pela posição dos vários corpos no tempo e espaço.
O todo é uma disposição musical, resultante de uma das possíveis leituras da utilização de uma escala. A série de Fibonacci proporciona uma gradação, uma escala, onde se joga com uma proporção de diferentes formas, alturas, larguras, tamanhos, volumes, áreas, pesos, massas, distâncias e tempos.
A massificação desses elementos arborescentes dispostos no chão verde entre as árvores, remete-nos à ideia de uma floresta, pela gradação de tamanhos, alturas, larguras, em ritmo de crescimento, desenvolvimento, evolução, movimento.
Este todo corporiza-se assim, desenvolvendo-se como música icónica.